5.1.09

Muitos militares ainda não sabem futuro na GNR

As associações que representam os militares da GNR dizem que há dúvidas sobre o futuro de muitos elementos da corporação que está a ser alvo de uma reestruturação. Estas associações alertam para eventuais problemas de logística e de policiamento por parte daqueles que já o fazem há muito tempo.

As associações profissionais da GNR asseguraram que há militares que ainda não sabem qual o seu futuro dentro desta corporação que está a ser alvo de uma reestruturação que implicou a criação de cinco novas unidades especializadas.
Segundo estas associações, as dúvidas dos militares estão no facto de ainda não saberem que comando vão integrar e que funções vão passar a ter dentro da GNR por causa desta reestruturação que transformou, por exemplo, a Brigada de Trânsito na Unidade Nacional de Trânsito.
«Pode haver um ou outro elemento que tenha uma informação mais privilegiada porque está mais próxima da estrutura de comando e tem conhecimento da decisão que foi tomada, mas a generalidade dos elementos que vão ser transferidos não sabem o que eles lhe vai acontecer», explicou José Manageiro.
Este dirigente da Associação Profissional da Guarda adiantou que muitos dos militares que irão ser transferidos só saberão do seu futuro, esta segunda-feira, depois de receberam a chamada “guia de marcha” para se apresentarem nos seus novos locais de serviço.
«Aí receberão informações quanto ao exercício das suas funções futuras», acrescentou José Manageiro, cujas preocupações são partilhadas por muitos oficiais contactados pela TSF.
José Alho, da Associação Socioprofissional Independente da Guarda, teme ainda alguns problemas de logística com as mudanças na GNR como por exemplo nas viaturas, na formação das pessoas e deslocação das pessoas.
«Isto envolve cerca de três mil militares Esperamos bem que o senhor comandante-geral tenha muita atenção às transferências de pessoas», acrescentou o dirigente desta associação.
Por seu lado, José O'Neill, da Associação de Sargentos da Guarda, chamou ainda à atenção para o facto de haver militares que estão afastados do policiamento há alguns anos e «que levará algum tempo para que estejam ao ritmo normal dos restantes patrulheiros».
Contactado pela TSF, o Ministério da Administração Interna recusou-se a comentar esta reestruturação, remetendo para um comunicado do Comando Geral da GNR que deverá ser publicado ainda esta segunda-feira.

In TSFOnline

3 comentários:

Anónimo disse...

Hoje, as instituições militares estão a «saque». O «diapasão» do funcionalismo publico, a retórica politicamente correcta, a crise da palavra dada, o crescimento desmesurado de pantominas nas coisas sérias, os efeitos dos poderes ocultos que “mascaram” a realidade, há muito que “arrancaram” a «alma» da profissão militar.
Face às pressões desestimulantes, injustas e irreflectidas de que os militares são vitimas por parte de certos segmentos da sociedade, dentro da estratégia de dividir e desacreditar para reinarem, urge, na minha opinião, reflectir sobre a profissão militar, pouco visível aos olhos dos comuns cidadãos.
Como as demais funções sociais, a profissão militar tem que possuir a sua escala de valores específica, traduzida na defesa constante das virtudes militares.
Os militares só se elevam quando são inspirados por um alto ideal, quando o seu olhar contempla o orgulho de serem comandados por verdadeiros Comandantes/Chefes, agitados pela paixão de uma grande “aventura” colectiva e um poder político culto no que concerne à escala de valores em que se forjaram as virtudes e qualidades castrenses. A história militar mostra-nos que a confiança e a estima são nos momentos de crise as mais seguras garantias da disciplina e o melhor “bálsamo” para enfrentar os dias de miséria e de desgraça.
Infelizmente, hoje são raros os discursos que possam em determinado momento, dar coragem às vitimas das expectativas politicas sempre adiadas, ou incutir fortemente no espírito dos militaras que ainda vale mais morrer combatendo de que “salvar” a vida por uma “fuga” preparada nos labirintos da anárquica gestão de pessoal onde cada militar é conhecido por um numero.
Os sentimentos de coragem e energia dos militares só serão eficazes quando estes forem reconhecidos com dignidade por leis que promovam a consideração dos realmente mais validos e a punição efectiva dos criadores de expectativas frustradas ou sempre adiadas e dos que consideram os militares meros servidores do Estado.
Qualquer desconsideração da profissão militar é, pois, um “atentado” à própria autoridade do Estado e à segurança e tranquilidade dos cidadãos.
A falta de respeito pelas Instituições Militares, ou equiparadas, arruína, irremediavelmente, as qualidades morais que impelem os militares a cumprir os seus deveres para com a sua Pátria, com o mais elevado grau de obediência e respeito à Hierarquia e à Disciplina. A inércia do Estado nesta matéria e/ou a dolosa omissão do Estado na criação de mecanismos estatutários que empolguem o espírito das instituições militares, ou de carácter militar, deteriora as vigas mestras, os sustentáculos onde devem assentara condição militar e de onde brotam as seculares virtudes militares.
Vale a pena recordá-las – as virtudes militares - e defini-las sinteticamente, no torvelinho da hora presente, em que valores consumistas e amorais e estranhos às tradições militares, propagados intensamente pelos mídia, tendem a amortecê-las e mesmo sufocá-las no peito de muitos militares, confusos com o mundo a sua volta e enorme crise de valores, que, por vezes, os leva ao suicídio:
Coragem: É a virtude que faz com que os militares desprezem o perigo, face à imposição de bem cumprir o dever militar custe o que custar.
Bravura: É a que caracteriza os militares valentes, intrépidos, impetuosos, arrojados e que se distingue da coragem por ser fruto do temperamento pessoal.
Camaradagem: É a que caracteriza o elevado sentimento da fraternidade e de afeição que cada militar deve cultivar em relação aos demais militares.
Solidariedade: É a que impele os militares a se auxiliarem mutuamente.
Abnegação: E a que sustenta os militares no cumprimento do dever militar, a despeito das adversidades, sacrifícios e privações a que forem submetidos.
Honra Militar: É a que leva os militares a cumprirem conscientemente o dever militar que lhes foi imposto. É a “religião” da Disciplina Consciente.
Iniciativa: É a que impele os militares, numa emergência, a agirem com consciência e reflexão para darem com a maior presteza e, sobretudo com oportunidade, a solução adequada exigida para o caso. Ela é importante em campanha!
Devotamente: É a que impele os militares a fazerem sacrifícios e a padecerem privações em benefício da segurança de sua Pátria e dos seus compatriotas e camaradas.
Moralidade: É a que impõe aos militares, não só o cumprimento das leis e regulamentos e normas, como ir além, cumprindo os ditames da moral social.
Amor e ordem: É a que impõe aos militares apresentarem-se bem em todas as actividades profissionais e sociais. Por exemplo, bem fardar-se!
Pontualidade: É a que impõe aos militares o cumprimento fiel, a tempo e a horas, das ordens recebidas e das obrigações delas decorrentes.
Presteza: É a que impõe aos militares conscientes que eles cumpram no menor espaço de tempo e na melhor forma possível as ordens recebidas, dando ciência a quem as deu de que foram cumpridas.
Decoro militar: É a que impõe aos militares boa conduta e educação civil e militar


Paulo

Anónimo disse...

Conforme o Art.º 21 da Portaria que se segue,que entrou em vigor em 17 de Dezembro de 2008 o primeiro processo eleitoral para o conselho superior da Guarda,
de acordo com o disposto nas normas constantes na referida portaria, deve estar concluído no prazo de 30 dias a contar de 16/12/08, ou seja; em 15 de Janeiro de 2009.
Hoje estamos a 06/01/09 e parece que não há rumores de realização de tal acto. Uma aposta como a portaria não vai ser cumprida?

Se cumprir e fazer cumprir a lei é obrigação da GNR, espero que se cumpra o constante na referida portaria.

Esta associação, caso a lei (portaria) não seja cumprida, tem o dever/obrigação de denunciar o incumprimento.

Vamos estar atentos?

Anónimo disse...

não percebo tanta preocupação, eu estou no territorial há já alguns anos e nunca nuinguem se preocupou com o meu bem estar, sobre a minha formação, etc.... agora estão todos preocupados porque vão para o territorial? Que se actualizem como eu e muitos outros camaradas. o problema é outro...acabaram-se certas regalias...e mais não digo, toda a gente sabe do que estou a falar