«Relatório da Accenture sugere ao Governo que encerre 22%dos postos da GNR e 18% das esquadras da PSP. António Costa toma a decisão final até início de 2007.Os postos territoriais da GNR com menos de 12 efectivos e as esquadras da PSP com menos de 20 deverão ser extintas. Segundo o relatório final da consultora Accenture, que durante vários meses trabalhou neste projecto encomendado pelo Ministério da Administração Interna (MAI), encontram-se nesta situação 22% (108) dos postos territoriais da GNR e 18% (37) das esquadras genéricas da PSP existentes.O DE apurou que as propostas da Accenture devem ser praticamente todas acatadas pelo MAI e deverão ser estas a definir a restruturação das forças de segurança, apontado como um dos objectivos a atingir pelo ministro da tutela, AntónioCosta, até ao início do próximo ano.
A proposta da consultora é de que os postos e esquadras com reduzido número de efectivos sejam extintos, com a correspondente integração de recursos e meios em postos e esquadras de maior dimensão e respectiva utilização com carácter móvel.A avaliação que levará ou não à extinção destas estruturas deve ser feita, segundo o relatório, tendo em conta informação adicional de carácter operacional e demográfica. Quando a presença fixa deixar de existir nas zonas definidas, o estudo prevê que haja um acréscimo da presença móvel através de um aumento de patrulhas.A medida (que recupera um antigo projecto dos governos de Cavaco Silva de criação de ‘super-esquadras’) deverá contribuir para aumentar a eficiência, com redução das instalações e respectivos custos de manutenção. Actualmente, considerando os 108 postos territoriais e as 37 esquadras genéricas, os custos adicionais representam 42 milhões de euros por ano.
A ideia de reestruturar as forças de segurança começou quando era ministro Figueiredo Lopes e prolongou-se no Governo de Santana Lopes com Daniel Sanches à frente da pasta. Um primeiro levantamento previa o encerramento de dezenas de postos da GNR e 25 esquadras da PSP. O critério era então o número de habitantes da zona. Ao que o DE apurou, este critério foi abandonado pelo actual ministro, por ser demasiado rígido e não prever as clivagens regionais.
Concentrar a autoridade em quatro comandos
Outra sugestão constante no relatório visa a concentração da autoridade em menos comandos de polícia ao nível da PSP. Actualmente, a estrutura da PSP está desconcentrada em três níveis: Comando, Divisão/Secção e Esquadra. Os comandos de polícia são hoje 20 (um por distrito). O relatório recomenda a constituição de estruturas que abranjam vários distritos que actualmente contêm comandos de dimensão reduzida. A proposta vai no sentido de constituir apenas quatro comandos de polícia: Alentejo, Beiras, Trásos-Montes e Minho.
Estas estruturas deverão integrar os actuais comandos da região e centralizar as competências e a coordenação operacional das actuais áreas de jurisdição dos comandos, devendo estes ser convertidos.»
Márcia Galrão
In Diário Económico On Line de 27/11/2006
19 comentários:
Estes politicos menores ainda não perceberam que as forças de segurança não são empresas. Claro que a Accenture onde deve haver algum politico com interesses aplicou a receita empresarial. O futuro mostrará o descalabro de tudo isto. Na prática o Estado demite-se da sua autoridade e soberania pela desocupação do território. Quando alguém vir a asneira já estes idiotas estarão bem instalados e ninguém os julgará. Gostava de ainda cá andar para ver. Zé do Telhado
Têm sistematicamente vindo a público nalguns órgãos de comunicação social, notícias sobre a reestruturação da GNR, dando a sensação que apenas e só esta força de segurança, é visada pelo estudo da empresa de auditoria. Ora isto não corresponde minimamente à verdade, porque também a concorrência o é, e de que forma.
Aproveito para referir que discordo de algumas das ideias ali propostas, porque, nalguns casos, a segurança é ali tratada como uma mercadoria, e as forças de segurança como empresas destinadas a dar lucro, o que ressalta logo à vista na solução encontrada para o policiamento de determinadas zonas, onde existem postos com reduzido efectivo. E por regra que zonas são essas? Mais uma vez é o interior. De onde tudo já foi retirado, desde o autocarro, à escola primária, ao centro de saúde, nalguns casos até o padre. Apenas lá ficaram os mais velhos, porque não têm por onde ir. Mas que também precisam de viver em segurança, e esta não se consegue com um policiamento de reacção/repressão, mas, antes, através de um policiamento de preventivo/proximidade. E, mesmo nalgumas áreas geográficas, já desertificadas em termos populacionais, torna-se necessário/imperioso a presença/passagem das forças de segurança, dado o vasto leque de ilícitos contra ordenacionais e criminais que são susceptíveis de serem desenvolvidos nessas zonas (ambientais; produção, transformação e armazenagem de droga, zonas de recuo para as diversas vertentes do crime organizado etc), a este propósito é muito interessante um estudo elaborado pela Gendarmerie Royale do Canadá, disponível em http://www.rcmp-grc.gc.ca/ccaps/research_eval_e.htm.
Mas tenho de concordar que muita coisa está mal, designadamente, uma excessiva burocratização, também uma excessiva afectação de efectivos a actividades que nada têm a ver com uma força de segurança constituída por militares organizados num corpo especial de tropas, etc, etc……
Pasme-se, que até a própria Polícia Judiciária, onde tudo sempre funciona de uma forma perfeita e maravilhosa, e que até serve de modelo em muitas coisas e para muita gente, está a ser alvo de reestruturação, da forma a que num mundo global, a criminalidade possa ser combatida de acordo com uma perspectiva global, evitando-se que no seio daquela polícia se ande a investigar de costas voltadas uns para os outros. Se isto acontece numa polícia criminal especialmente preparada, científica e tecnicamente apetrechada, não é para admirar que no domínio da polícia administrativa, encontremos uma operação STOP da PSP, de seguida outra da Brigada de Trânsito, mais adiante uma da Brigada Fiscal e se necessário for, ainda, uma de um qualquer Posto Territorial.
PS Já tinha efectuado este comentário num outro blogue, mas achei-o adequado a esta temática.
Túlio Hostílio
Então é por isso que têm esvaziado as sedes dos Comandos das Unidades, escalão Brigada, de militares, colocando-os nos Postos Territoriais para que o efectivo destes seja mais de 12 militares.
Há sempre alguém que resiste....
"PEDRO"
Com que então também andamos por estas paragens, camarada TÚLIO? Pelos vistos somos sempre os mesmos. Saudações revolucionárias do ex-lanceiro da rainha Zé do Telhado.
Rapaz Zé do Telhado, segue o conselho que te dei no outro Blog e vai rapidamente à Feira da Ladra comprar o capacete, olha que já há poucos e estão quase a esgotar.
"O Gangas"
AO GANGAS
Guarda o conselhe para ti que te pode fazer falta. Se calhar nem sabes o que é um capacete porque nunca os usaste.Olha nesse peditório já dei. Por acaso já andaste em combate? Zé do Telhado
Já agora também quero dizer qualquer coisa sobre o Zé do Telhado. Segundo o maior historiador português, Senhor Professor Doutor Carlos Selvagem, onosso herói usava ceroulas, quer de Inverno ou de Verão. Ora isto não é normal, como também não é normal, aparecer em Timor, um guarda das pistolas pequenas, que por engano ali foi parar, junto dos guardas das pistolas grandes, ou seja dos modernos.
Por falar em guardas dos modernos, parece que não está fácil, conseguir arranjar pessoal para se agarrar "mangueira", apesar das grandes alcavalas prometidas. Homem que é homem, em mangueiras só agarra na sua...
O Oficial de Alta Escola
Folgo em ver o meu amigo por aqui, afinal também corre todos os blogues da especialidade, certamente, para se manter informado.
Túlio Hostilio
Meu caro amigo, também vou ao da APG, mas aí é preciso ser-se sócio, ou então perceber um bocado de informática....
Eu sou sócio claro!
Fique a saber, e essa será a minha maior e talvez única virtude, mas na briosa, tenho amigos em todas as categorias profissionais....
Já agora informe lá o pessoal! Quem vai ocupar a cadeira que foi do Valença? Já viu como depois de eu maltratar o sr. General Loureiro dos Santos, ele apimentou o seu discurso? E sabe que esse "artista", disse um dia em público que uma das missões da GNR, seria fazer a segurança aos quartéis da tropa porque eles não são orgãos de polícia criminal?Volta Passos Esmeriz, estás perdoado!
Já pensou, quando na tropa e na Guarda, só existiam machos, se trata(va) um soldado e um cabo por uma praça? Há coisas que deixam um Homem a pensar...
Já agora um abraço fraterno ao senhor Presidente da Direcção da ANSGNR!
O Oficial de Alta escola
Hó...Oficial da Alta Escola e Túlio, então o encontro foi neste blog?...eu a pensar que era na Jamba...lol
ASS: Vocês sabem, né?
Abusus podias ter assinado.
Túlio Hostílio
Abusus, tu estás a tornar-te "um cão". Estou a gostar! Mas aqui temos que portar-nos bem, senão o rapaz Presidente da ANS da Briosa, fecha aqui a torneira. Olha que ele é muito temperamental! Já agora fica a saber que aquilo na Jamba, depois do passamento do "outro" ficou sem piada. Agora os "encontros" melhores dão-se em Bruxelas, porque a esposa do senhor vereador do turismo tem duas manas e duas primas, que são estilo "rapariga do gás", ou seja diamantes com vida, que dão vontade de ter o fogão sempre ligado.
O Oficial de Alta escola
OFICIAL DE ALTA ESCOLA
É por isso que às vezes os ecos não têm morada certa...e cruzam-se pela blogosfera como os sem abrigo se cruzam nas ruas sombrias da solidão..quase loucura...
"ABUSUS"
Caro Zé do telhado, o unico combate em que deves ter usado capacete, foi quando foste às meretrizes ao bairro alto, e isto de certeza que já foi à mais de 25 anos, porque agora segundo consta só usas bisnagas e de curto alcance, em que já nem vale a pena colocar capacete, mesmo porque já não há capacetes para essa medida.
Se te referes a Timor mais uma vez estás enganado, é mais perigoso um passeio na Avenida da Liberdade, que essas excursões (bem pagas por sinal) a Timor. Espero que não tenhas comprado um Audi A6 com o soldo lá ganho.
" o Gangas"
Acusam-me de ser frontal, com os amigos, com os adversários, com os politicos, com os superiores, com os inferiores e até mesmo com os CAMARADAS.Contra factos não há argumentos e todos aqueles que argumentam contra os factos perdem a credibilidade, esta é uma certeza que tenho aprendido na ANSG com todos aqueles que por lá têm passado e defendido não só os Sargentos mas todos os GUARDAS do passado do presente e do futuro.
josé O'Neill
Caro Zé O´Neill,
já estou farto de lhe dizer que apenas os bons GUARDAS, merecem ser defendidos! E são uma esmagadora maioria felizmente! E os factos existem e podem ser bons ou maus! Um homicídio é um facto e no entanto não bom, é mau! Contra tudo se pode argumentar, por isso Deus criou os advogados ao 10.º ou 11.º dia.Como sabe ao sétimo descansou! Sinceramente lhe digo que as Associações já conheceram melhores dias, talvez não por culpa dos seus dirigentes, mas por culpa da ausência dos associados das discussões das questões da Guarda, em particular, e, dos cidadãos do país em geral. Parece que estamos naquela fase em que os ricos pedem para ser congelados, (de momento não me lembro do termo exacto), para serem descongelados mais tarde e poderem viver num tempo melhor.
Já que assinou a sua postagem,embora de forma discreta, também vou passar a escrever aqui de rosto descoberto!
Lanço este desafio áqueles que se consideram verdadeiros Guardas. É altura de dizer basta a algumas atitudes que nos "esmagam", quando só queremos ter o "direito" de trabalhar com dignidade em prol do cidadão!
Um abraço e vá treinando quer com os halteres quer com o portátil!
Carlos Luís, Major da GNR
Será criogenia o termo certo, para aquele tipo de congelação? estava a pensar no Borat, quando deveria estar a analisar o "Relatório Minoritário". Os "assessores", também nos influenciam. Verdade?
Carlos Luís, Major da GNR
Penso que será uma boa altura para lançarmos a discussão acerca da hipótese do encerramento dos Postos com efectivo inferior a 12 militares! Por exemplo Trajouce tem 18! Será possível que funcione de forma agradável, para os seus militares e para os cidadãos que devem proteger?
Carlos Luís, Major da GNR
Ao Sr., digo, meu Major; ainda sou um simples púbere e ainda mal abria os olhos já ficava com eles em bico com a psicossociologia. Logo vi que a "vida" das associaçõs profissionais não tinham mais importância do que o regulamento de tiro ou o Regulamento Geral do Serviço da Guarda: existem por existir! Quem é que lhe dá cumprimento? É só para dizer que também temos?
Afinal não passamos, de facto, de triclinários.
Ass:....
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