9.1.08

MP investiga agressão violenta a dois GNR

Crime ocorreu na véspera de Natal e terá sido perpetrado por seis homens, cinco mulheres e dois menores.

O Ministério Público do Tribunal de Guimarães está a investigar um caso de agressão violenta a dois GNR, ocorrido na véspera de Natal, alegadamente perpetrado por seis homens, cinco mulheres e dois menores.

Fonte judicial adiantou à Lusa que os dois guardas, um cabo e um soldado, foram manietados, e agredidos a soco e a pontapé, no corpo e na cabeça. «Era só sangue no chão e na viatura da GNR», revelou fonte ligada ao processo. A notícia faz hoje manchete no semanário local «Comércio de Guimarães».

De acordo com a participação da ocorrência interna da GNR, a que a Lusa teve acesso, os dois guardas tiveram de receber tratamento hospitalar, tendo o primeiro sido transportado para os hospitais de Guimarães, Braga e Porto, onde foi observado e tratado a um problema oftalmológico. O cabo encontra-se ainda de baixa médica, já que além de um edema na zona do globo ocular, tem várias equimoses.

O caso deu-se por volta das 04:10 da madrugada de 24 de Dezembro quando uma patrulha da GNR foi chamada, pela segunda vez, por um morador da Rua da Azenha da freguesia de Sande S. Clemente, que protestava contra o ruído de uma festa de uma família de etnia cigana.

Ao chegar ao local - onde se deslocava pela segunda vez pelo mesmo motivo - a patrulha foi mal recebida por um grupo de pessoas que se encontrava na rua. Os homens terão então tentado começar a agredir o cabo e o soldado, o que obrigou o primeiro a sacar da arma e tentar disparar para o ar, o que não conseguiu, já que a pistola, uma «Star» de nove milímetros se encravou.

Vendo que o militar estava sem arma, o grupo - descreve o relatório policial - atirou-se aos guardas, deitando-os ao chão e manietando-os, esmurrando-os de seguida, ao ponto de o cabo ter ficado quase inanimado.

Um dos agressores tirou a arma ao chefe da patrulha, que se encontrava estendido no solo com um pé em cima do pescoço, enquanto os outros lhes furtaram o telemóvel e arrancaram o painel de rádio do jipe para que não chamassem reforços.

Os dois homens acabaram por ser soltos algum tempo depois, mas sem os objectos furtados, que viriam a ser entregues pelo chefe da família Gavires, na GNR de Guimarães. No dia seguinte, outros objectos dos dois guardas, como os telemóveis e os chapéus de serviço foram recuperados no local por uma outra patrulha da GNR.

Fonte policial adiantou à Lusa, que a investigação vai, agora, incidir sobre a identidade dos agressores, algo - sublinha a fonte - «sempre difícil em famílias de etnia cigana».
In Portugal Diário 2008/01/09 18:59

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