16.12.06

Governo cria Portal de Formação para forças segurança

Os profissionais das forças de segurança vão ter oportunidade de receber formação especializada online graças ao Portal de Formação que o Ministério da Administração Interna (MAI) vai apresentar sábado.
«O novo Portal de Formação do MAI é uma importante medida de modernização tecnológica das forças de segurança, que visa apoiar a formação inicial e contínua dos seus profissionais e surge na sequência do Memorando de Entendimento assinado entre o Governo português e a Microsoft, enquadrado no Plano Tecnológico», refere o Ministério da Administração Interna em comunicado.
«Trata-se de uma plataforma de gestão de conhecimento, construída sobre tecnologia Microsoft (Sharepoint Portal Server)», acrescenta o MAI, segundo o qual «o novo sistema de gestão de ensino à distância estará disponível para os profissionais de segurança espalhados pelo país, permitindo desenvolver os seus conhecimentos sem necessidade de deslocação aos grandes centros para formação presencial«.
O Portal de Formação do MAI será «uma janela de formação flexível para os elementos das forças de segurança, permitindo melhorar a sua eficiência através do aumento do conhecimento», realça o comunicado.
A nova plataforma de ensino à distância vai complementar os métodos tradicionais de formação presencial ao dispor dos profissionais de segurança para valorização curricular e de carreira.
Poderão utilizar o sistema a partir das suas casas, com uma ligação rápida à Internet ou a partir dos locais de trabalho ou mesmo como apoio ao ensino presencial em sala de aula.
A nova plataforma de formação online para forças de segurança, desenvolvida em colaboração com a Microsoft, será apresentada sábado de manhã, no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL, à Junqueira).
Essa apresentação decorrerá no âmbito da cerimónia de assinatura de um protocolo entre os Ministérios da Administração Interna, do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação para a promoção e certificação de competências escolares e profissionais dos efectivos das forças de segurança, no quadro da Iniciativa Novas Oportunidades.
O protocolo será subscrito pelos ministros de Estado e da Administração Interna, António Costa, do Trabalho e da Solidariedade Social, José António Vieira da Silva, e da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.
Estarão também presentes o director nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), Orlando Romano, o comandante-geral da Guarda Nacional Republicana (GNR), tenente-general Mourato Nunes, e o director-geral da Microsoft Portugal, Nuno Duarte.

In Diário Digital / Lusa 15-12-2006 17:09:00

28 comentários:

Anónimo disse...

De uma vez por todas espera-se que um modelo de formação contínua das forças de segurança funcione, porque vivemos num mundo em mutação acelerada, e essa mutação tem reflexos no tipo de segurança que é prestada ao cidadão.
Por isso, é necessário transmitir em tempo real os instrumentos adequados (p.e. técnicos, tácticos, legais, sociológicos) que permitam aos executantes, no terreno, fazer face aos novos fenómenos que nesta matéria vão surgindo, afastando de uma vez por todas a imagem do “imobilismo” meio acinzentada que ainda paira no ar.
Como já referi por diversas vezes, só com um rigoroso processo de selecção, com uma adequada e exigente formação inicial e de progressão, bem como com uma permanente formação contínua, tudo isto conjugado com a avaliação do desempenho em todas as categorias, se poderá rumar à prestação de um serviço de segurança eficaz e eficiente.
Deposito algumas esperanças que consiga ir mais além do que aquele organismo que existia ali para os lados da Rua D. Carlos I, e que desapareceu sem honra nem glória, numa daquelas manhãs de nevoeiro, em que a zona ribeirinha de Lisboa é pródiga.

Túlio Hostílio

Anónimo disse...

E os Sargentos e Praças já licenciadas?. Como já sabem muito, vão continuar a fazer ofícios e a varrer cavalariças....
Pedro

Anónimo disse...

Ao Pedro

O problema dos Sargentos e das Praças titulares de uma licenciatura, é distinto deste assunto, aqui trata-se da formação contínua. Enquanto que no caso dos licenciados estamos perante uma situação de eventual formação para progressão na carreira, isto, porque nos termos estatutários está prevista a ascensão à categoria de Oficial nesses casos. Havendo uma omissão legislativa que perdura já há treze anos e que constitui o entrave a que isso ocorra.
Mas convém esclarecer que essa transição não decorre, nem nunca poderá decorrer, automaticamente, do simples facto de um militar ser titular de uma licenciatura, porque desde logo tem que se analisar quais são as licenciaturas que têm interesse para a Guarda, depois há que seleccionar os militares mediantes critérios a definir, haverá que frequentar um curso/tirocínio. Podendo ainda ser explorada uma outra vertente que é o acesso à carreira de Técnico Superior.
A situação actual não será a forma mais correcta de tratar a questão, dado que se metem os militares licenciados a desempenhar determinadas funções a que até corresponderia vencimento superior àquele que auferem e continuam a receber o mesmo. E nalguns casos, até a receber menos, dado que correm o risco deixarem de receber determinados suplementos, acabando por haver lugar a uma penalização monetária. A isto aplica-se o velho aforismo popular “honras de general com vencimento de cabo”.
E tanto o MAI como a própria GNR não devem perder de vista que foi criada toda uma expectativa em torno dos artigos do EMGNR que apontam no sentido da progressão dos militares detentores de licenciatura, tal como esse estatuto impõe aos militares o dever de aperfeiçoamento, confere algumas benesses, tais como dispensas para exames e licenças para estudos. E no final a instituição não tira o melhor proveito das pessoas que se esforçaram e tiraram licenciaturas, pós graduações, mestrados, havendo alguns já a caminho do doutoramento, ou quando os aproveita, os militares “beneficiados” ainda se sujeitam a ser penalizados. Daí que muitos deles prefiram continuar espalhados pelo dispositivo, a fazer ofícios, patrulhas, a varrer cavalariças, a dar aulas de equitação depois das cinco, ou a exercer uma outra actividade qualquer fora das horas normais de expediente.

Túlio Hostílio

Anónimo disse...

Excelente, Túlio.
Tanta gente a voltar ao assunto dos Licenciados.
A vontade do Executivo é tanta que, pasme-se!!!!, nem responde as solicitações da Provedor de Justiça (Órgão do Estado) quando este lhe pede explicaçõs sobre esta materia e o "chama à atenção" porque esqueceu o dever de informar e regulamentar. É certo que o parecer do Provedor de Justiça não é vinculativo. Agora os Ministérios não responderem ao Provedor de Justiça, quando este o solicita formalmente, é que deixa antever a importância dada ao Provedor de Justiça, por parte do poder Executivo.
Pelos os visto a abertura dos telejornais com as «lagartas» na mãe é que está a dar.

Teimosamente sangrando

Anónimo disse...

Ao que “teimosamente sangra”

O assunto dos licenciados e o das lagartas traduzem duas realidades distintas.
Pois, no primeiro caso estamos perante um assunto de cariz estatutário, relacionado com a gestão de pessoal, progressão na carreira e aproveitamento dos quadros com habilitações superiores àquelas que habitualmente são encontradas nas fileiras da GNR e mesmo na Administração Pública em geral.
Já no segundo caso se está perante uma questão de teor técnico, ao nível do equipamento do pessoal operacional que lida no dia a dia com os denominados incidentes táctico-policiais.
E neste capítulo as lagartas são de extrema importância, dado que permitem a imobilização de veículos em fuga e travam a tendência para o recurso a arma de fogo nestes casos.
Assim, evitam-se as perseguições, minimizam-se os danos nos veículos (p.e. no caso de um veículo furtado já basta ao seu proprietário ver-se privado do mesmo, quanto mais ainda vê-lo todo desfeito na sequência de uma perseguição, ou mesmo esburacado por tiros), mas acima de tudo, evitam-se perdas de vidas humanas, tanto de militares da GNR, como de civis. Evitando-se também toda uma panóplia de processos disciplinares e judiciais, os quais acarretam, quase sempre, consequências nefastas para os militares envolvidos.
Daí que ao pesar nos pratos da balança a importância de um assunto e do outro, claramente que o peso da importância das lagartas se sobrepõem à questão dos licenciados (sem tirar a importância devida a esta questão). Só pensará o contrário quem nunca esteve no terreno, e não se viu a braços com situações destas.

Túlio Hostílio

Anónimo disse...

Túlio Hostílio

A discussão sobre as «lagartas» já fez correr muita "tinta". Enquanto o anterior Inspector Geral da Administração Interna (Maximiano Rodruigues) esteve no cargo, não houve lágartas para ninguém.
Se houvesse muita preocupação com a sinistralidade nas estradas e menos preocupação com os interesses económicos, há muito que seria obrigatório os "limitadores de velocidade" em todos os tipos de veículos. Com estes limitadores (aparelhos que já são obrigatórios em alguns veículos pesados) não era necessário as lagartas, pois por muito que o condutor acelarasse, o veículo não ultrapassaria a velocidade condicionada pelo dispositivo técnico.
Com os limitadores de velocidade reduzia-se a sinistralidade, diminuia-se os radares, e rapidamente se apanhava o veículo em fuga (já que os veículos de polícia e de emergencia não deviam ter instalados os limitádores). Mas...depois os milhões de euros de coimas por ano também iriam cair a "pique"...Pelos vistos, na prática, há coisas mais importantes do que a vida humana.
Os licenciados referidos, iriam poupar ao Estado muitos "milhões" com a formação de oficiais na Acádemia Militar. Até parece que não estamos em época de poupanças, ou melhor; fala-se de poupança para umas coisas e outras não. No caso dos licenciados não é só uma questão de direitos é, também, uma atitude altamente censuravel do Estado quando este falta ao dever de informar e de regulamentar.

teimosamente sangrando

Anónimo disse...

O portal é uma mais valia, no entanto só vem reforçar o "saber saber" que quer queiramos ou não até tem sido desenvolvido nestas duas ultimas decadas, a titulo de exemplo o programa do MAI em que era responsável o Sr Coronel Moura Soares e que na teoria ensinava muitas e boas práticas, mas a actividade operacional nunca poderá ter só como base a instrução teórica, mas sim a teórica/pratica de forma a que se dê conteudo á máxima "saber saber, saber fazer". Isto só será possivel quando a formação passar obrigatóriamente por formadores com experiência de terreno nas vertentes puramente operacionais, e não só com a experiência dos suprasumos da operacionalidade, muitos deles nem nunca efectuaram uma detenção , muito menos a levaram até ás ultimas consequências, que passa obrigatóriamente pela apresentação do detido e culmina com o jugamento. E podem crer que é muitas vezes na fase do jugamento que a "porca torce o rabo" e se calhar é por esta razão que são muitos aqueles que não o põe lá.
Zé Gato

Anónimo disse...

Já agora, quem já passou uma hora algemado? E estou a falar de algemas a sério, não é dessas de veludo, que se usam por aí na ramboia! Qual é a sensação? Tou a pensar enveredar pelo mundo do crime e gosto de estar precavido!
Já agora amigo Túlio, o "aviso" para acionar as "lagartas" vai ser de "mijar" a rir! Nem no Turquemenistão já se faz assim!
Um abraço virtual! Já agora! Para a tal formação parece ser necessário o recurso internet, verdade? No tempo do Moura Soares foram distribuidos os Postos milhares de vídeos, agora será a vez da banda larga? Já será adquirida pela nova Central de Compras do Estado?

O Oficial de Alta Escola

Anónimo disse...

Esta história dos licenciados já começa a ser impertinente. Quem quer ascender tem a Acaademia Militar ,a Escola Politécnica do Exército (?) e tem os concursos na vida civil. O ter uma licenciatura não dá direito a ter galões no dia seguinte. Se assim fosse os escrivães de direito licenciados ,e são bastantes eram juizes ou procutadores no dia seguinte.Para ser militar ou policia como quizerem a licenciatura não condição necessária e suficiente. Nem os padres quando acabam o seminário são logo ordenados. è preciso é demonstrar que se tem aptidão para a profissão e não ser apenas letrado. E avaliar pelo desempenho de alguns militares licenciados deixam muito a desejar actualmente quanto mais para serem oficiais. Aproveitem a legislação actual. Cabo Chefe

Anónimo disse...

Cabo-Chefe.
Quantos Cabos existem que nãO Chegaram a Cabo-Chefe por não terem os lovoures que são condição, sine qua non, para a promoção a Cabo-Chefe?
Acha-se mais competente que eles?
Afinal...você -por acaso- até tinha os louvores...
Ponham os licenciados à prova no tirocínio necessário - pois como sabe, além da licenciaura é necessário um tirocínio - para a promoção a oficial.
Terá mesmo que ler o Estatuto, Srº Cabo-Chefe inamóvivel no local, com um ordenado igual a 1º Sargento com o mesmo tempo de serviço.

PEDRO

Anónimo disse...

Igual a primeiro sargento não, igual a sargento ajudante, sem os suplementos....mas com bilhetes no bolso e guia de marcha para qualquer ponto do território nacional...
Lx

Anónimo disse...

Sr Aspirante a oficial Dr. Pedro
Decididamente não me fiz perceber.Mas também não preciso de ler o estatuto.Continuo a dizer que com a actual legislação qualquer militar pode ascender a oficial.Podia-lhe dar inúmeros exemplos mas não vou fulanizar para não ferir os visados.Isto não vai só com tirocínios.Veja se percebe. Acha que alguém vai deixar um mau cabo ou um mau sargento ascender a oficial? É verdade que também houve casos desses mas isso foram outros tempos.Diga-me se já viu um ecrivão de direito licenciado em direito ser promovido a procurador ou a juiz? Eu nunca vi.Diga-me para que serve na guarda um licenciado em agricultura por exemplo? O Dr. Pedro se ainda tiver idade concorra à AM e tem o seu problema resolvido. Se já ultrapassou o limite etário siga a via politécnica. E olhe que os louvores também se arranjam quando se merece. Boas Festas .Cabo chefe (movível)

Anónimo disse...

CABO-CHEFE
Acho que devia ler mesmo o Artº 213º do Estatuto da GNR.
A questão é mais juridica do que juizos de valor sobre competências profissionais.
Os escrivões, licenciados em direito,não são promovidos a juiz porque o seu estatuto não consagra tal possibilidade.
Concordo consigo quando diz: "para que serve na gurda um licenciado em agricultura por exemplo?". Posso dizer-lhe que quando, para a promoção a oficial superior - dos oficiais não oriundos da Academia Militar - começou a ser exigido o grau académico Bacharel ou o SAA,por despacho do CG/GNR foi determinado quais os cursos que tinham interesse para a Guarda e só quem tivesse o Bacharel nesses cursos é que era considerado. A verdade é que tal despacho desapareceu e actualmente, em sua substituição, basta o candidato ser titular de 10 cadeiras (anuais ou semestrais) de qualquer curso superior.
A verdade é que o direito esta consagrado no Artº 213º do Estatuto e o Estado omite a sua regulamentação há 13 anos.
A violação do dever de legislar, por parte do Estado, durante 13 anos, seja nesta máteria ou outra qualquer, e considerando que o Estado é uma «pessoa» de boa-fé, o que lhe parece, mui digna Praça com o posto de Cabo-chefe?
Sabe que na GNR se pode ter o posto de Coronel com o 9º ano de escolaridade? Isso não choca?
Sabe que um Soldado, possuidor de uma Licenciatura, Mestrado ou Doutoramento em Direito, pode ser nomeado para o serviço de guarda à cavalariça e não pode ser instrutor de um simples processo de averiguações ou disciplinar e um oficial com o 9º de escolaridade pode?

Dois pesos e duas medidas, digníssimo Cabo-Chefe?

PEDRO

Anónimo disse...

Sr Aspirante a oficial Dr Pedro
Vejo que não rebate nada do que digo. Não é preciso a regulamentação que refere.Já lhe dei exemplos. Oficial só AM ou então via politécnica. Não argumente com o passado tipo 9º ano pois isso foram reminscêcias da guerra do ultramar e na altura em que esses oficiais do exercito foram admitidos na guarda foi dito que se o exército os tinha promovido a guarda não se poderia opor. Em História temos que nos reportar ás épocas e não ver segundo a actualidade.Foi assim que aprendi no curso de cabos. Ninguém é méico sem ter o respectivo curso. Actualmente só pode ser oficial quem tem curso adequado. Não conheço tantos praças que sejam mestrados ou sequer doutorados e muito menos a varrer cavalariças. Para isso já há civis contratados. E nos locais onde não os haja fique sabendo que essa tarefa é inerente a um soldado de cavalaria e ninguém de deve sentir desprestigiado por isso.Que me diz a militares que só o sãoMas estas coisas devem ser pensadas antes de se andar a meter cunhas para se entrar para a guarda e depois vir puxar de "galões" para obter benesses.

Anónimo disse...

Continuação do post anterior
Tem alguns lapsos mas foi por erro de digitação. O ASP Dr Pedro certamente que perceberá. Saudações do Cabo chefe

Anónimo disse...

Cabo-Chefe
No imparável tropel dos anos, chega-se a Cabo-Chefe. O Cabo-chefe, actualmente, não é uma "praça" vulgar,é, isso sim..., o fiel depositário duma certa "massa" humana irremediavelmente presa na Caverna de "Platão". A estima que me merece, como "fiel depositário" das virtudes e qualidades militares que fazem a história da Instituição com o culto dos mortos e dos heróis incluidos - que todos os Cabos-Chefes se lembram -, não me permite tornar complexo o dialogo que aqui se travou entre nós.
O homem determina-se pelo conhecimento do bem e pela vontade de o alcançar. Se é simplesmente atirado para o sacrifício, sem saber o porquê, ou resiste e deserta ou sujeita-se sem motivação e procede como um irracional. A dúvida, a incerteza, o ceptismo, não geram outros sentimentos e atitudes que não sejam a indolência, a apatia, o desinteresse e, nos momentos mais graves, a cobardia ou mesmo até, a traição.
Do acima referido, não sei se algo o motivou para, sob anonimato, escolher este blogue para, de forma virtual, vir aos encontro de história e estórias resultantes de inconformados, resvoltados, preteridos, etc...
Quere que lhe diga a razão pela qual comento neste blogue? eu digo!:
- Não é sobre o STRESS, pois este já foi estudado há +-20 anos por uma Drª que fez sucesso com a tese de Mestrado sobre o tema...e de que maneira, my god!!!
- Venho porque há um trabalho por fazer: "Que motivações levam as pessoas a seguir a carreira das armas".
- Talvés me possa ajudar, mas como??
Aproveito para lhe desejar um Feliz Ano de 2007.
PS: Se lhe disser que nem sou militar, certamente não vai acreditar. Esqueça, tá?

PEDRO

Anónimo disse...

Cabo-chefe é do melhor. Nem sequer há o risco de uma nova colocação, pelo menos entre unidades, pois a mesma pode ocorrer entre subunidades da mesma unidade. É assim que reza a malvada da NEP 1.14.

Aliás, os praças até têm algumas benesses, não previstas para as restantes categorias. Assim de repente: duas:

- na promoção por diuturnidade (em vias de extinção, devido à banalização da promoção por excepção) é considerado o tempo de serviço prestado nas FFAA, contrariando, a meu ver, o estipulado, no art.º 126.º do EMGNR;
- da não aplicação do "amigo" RAMMGNR, implica o desbloqueamento escalonar certinho, independentemente do mérito.

Va lá compreender estas coisas..

Anónimo disse...

A Banda de música da GNR, quem tem origem na Banda da Guarda Municipal, criada em 1838, por Decreto de D. Maria II, agora é quase completamente constituida por sargentos superiores. Qual a sua Orgânica? Como foi alterada?
Vá lá compreender estas coisas...

PEDRO

Anónimo disse...

Dr Pedro
Como diz que não é militar retiro-lhe a graduação.Sobre o eu comentário tenho a dizer-lh o seguinte: A filosofia não é minha especialidade. Sou mais pelas ciências exactas.Contudo sempre lhe vou dizendo que o mito da alegoria da caverna do Platão,passagem da República não tem nada a ver comigo. Se me conhecesse logo constataria isso. Nunca me deixei ficar na caverna. Tenho para mim que a única constante é a mudança. Sempre me dei mal com a rotina e por isso sempre fui olhado de soslaio pelos "meus queridos e bem amados chefes" esses sim alguns nunca quiseram sair da caverna. O seu juízo parece-me pois precipitado e desajustado.Como diz que não é militar certamente que a sua visão de assuntos militares não poderá coincidir com a minha.
Quanto ao estudo do stress espero que a autoria não seja de uma tal Drª LM que por aí anda. Boa passagem de ano.Cabo-Chefe

Anónimo disse...

Cabo-Chefe.
Vivemos numa época de conflitualidades, de transição e de descrença, agravada por flagelos vários.
O que é preciso é que todos - os que não ficaram na «caverna de Platão» - tomem consciência do seu dever. Qualquer Cabo-chefe, vivi um filosofia ímpirica - A ética - é justamente, a disciplina do dever, do dever para com os outros, que faz a aliança entre o poder e a virtude, ou seja, entre a autoridade e o bem comum. Por isso, a capacidade de dar "ordens" significa ordenar jurídicamente e socialmente o Estado.
É estranho e injusto que os cabos promovidos por excepção (não é o caso dos Cabos-Chefes)estejam a exercer os serviços de soldados. Deste modo está em causa a autoridade do Estado democrático. O sentido do dever, dando exemplo da honra e da humildade: da honra, por servir, com compreensão de que todo o poder é efémero e que só se justifica se tiver por objectivo o bom e o justo.
Esta ideia, que me parece indiscutivél, implica que os partidos e a hierarquia não façam promessas demagógicas, nem intrigas de bastidores. Fazem, ou não, Cabo-chefe?
Diga-me o que significa hoje um Sargento-Môr. Alguém o quer para alguma coisa?
Lembra-se quando os Sargentos-Môr eram o «Baluarte» da Unidade e acompanhavam sempre os respectivos Comandantes de Unidade? E hoje....
Não estou a tocar a rebate os sinos sensíveis das minhas preocupações. Estou apenas a procurar percutir a consciência dos meus concidadãos para uma realidade superável. Há uma reserva moral de esperança que vou transportar para 2007, ano que espero trazer-lhe muitas alegrias pois, ainda, sou dequeles jovens - tenho 27 anos - que acredito na "pollis" e no «devir histórico».
Lá por não ser militar, com a devida sensibilidade, não significa que não vivesse toda a vida dentro de quarteis.
Se quizer, até podemos falar pessoalmente. Não vejo é como dar-lhe o meu contacto.
Abraço
PEDRO
PS: Trate-me por Pedro. "Dr. Pedro" já não é verdadeiro pois academicamente falando, o certo seria "Mestre Pedro". Deixe lá o título.

Anónimo disse...

Mestre Pedro ( Gosto destas designações)
Sobre a questão dos Sargentos-Mor posso dizer-lhe alguma coisa do conhecimento proporcionado pela minha provecta idade.Quando estes postos (SCH E SMOR) foram criados pelo exército tinham por finalidade substituir os oficiais do então QSGE hoje QTPS, que como deverá saber são oriundos de sargentos, nas repectivas funções. Como nestas coisas "há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não"como diria o poeta ALEGRE (?) não houve coragem para concretizar a ideia e passaram a coexistir as duas categorias. No entanto a promoção quer a SCH quer a SMOR seriam por escolha aapós curso adequado. E nós sabemos o que significa a escolha nestes casos. Resultado o posto banalizou-se e descaracterizou-se, e hoje são realmente uns pesos mortos nos efectivos das unidades. Por vezes há cmdt que os aproveitam para chefes de secretaria das unidades ou funções de natureza burocrática na falta de oficiais dentro do tal espírito que estava sujacente à sua criação. E claro que a guarda como anda sempre a reboque adoptou o mesmo esquema.Acrescento ainda, que inicialmente geraram-se alguns incidentes porque estes graduados por serem designados adjuntos dos cmdt julgavam que substituiam os respectivos cmdt e exorbitavam nas funções(?). Por hoje é tudo.Se o seu mestrado é dedicado a coisas militares diga-me quais são os seus temas de investigação. Bom ano 2007 e aproveite bem a juventude que uma vez perdida não volta.Cabo-Chefe

Anónimo disse...

É sempre bom ver como através do diálogo pode surgir uma amizade.
Continuo a contar convosco por aqui, e com as vossas opiniões sobre o tema que têm andado a debater e acerca de outros. Um bom ano para os dois.....
Sargento de Ferro

Anónimo disse...

Obrigado, Sargento de Ferro.
Uma amizade puramente virtual sem «rosto» sem "olhos-nos-olhos" mas...ainda assim -digo eu- considero que existe uma amizade.
PEDRO

Anónimo disse...

CARO, Cabo-chefe.
"pesos mortos nos efectivos das Unidades". Uma grande verdade!!!
É no silêncio das camaratas e na obscuridade dos silêncio que esses homens conservam, ainda, a sua dignidade.São homens corajosos - não parecendo - . Essa coragem permite-lhes suportar sem dar mostras de que sofrem, as contrariedades, as fadigas e fatalidades deploráveis. Eles sabem que os «galões» podem facilitar o comando mas não criam a arte de comandar.É triste que tudo se modifique à nossa volta e que só o destino desses homens se mantenha imóvel. Eles sabem que já não têm um lugar no "seu" quartel. Tudo evolui, e com o caminho que as coisas levam depressa são arrastados pela "tormenta do quotidiano.
Alguns terão mesmo pensado: "resta-nos morrer ou adquirir o sentido das realidades modernas".Resta-nos morrer...hão-de concluir...
Nunca é excessiva a importância que merece este facto.
A sua provecta idade é um "embaraço" à minha precoce juventude mas, talvés, um e outro, tenhamos espíritos que forjam a esperança, como uma armadura de aço,no sentido de que há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz: "eu não vou por ai.."
Abraço
PEDRO

Anónimo disse...

Como vai, Cabo-chefe?
Bom fim de semana.
PEDRO

Anónimo disse...

Obrigado Mestre Pedro. Nós por cá tudo bem. Oportunamente voltarei aqui.Estou em reflexão.Saudações. Cabo-chefe.

Anónimo disse...

Saudações, Cabo-Chefe.
A "reflexão" é, entre outras soluções - uma forma de agir com ponderação para o bem da comunidade.
Abraço
PEDRO

Anónimo disse...

Amigo (?) Cabo-chefe.

Quando acabar de reflctir, diga qualquer coisinha.

Abraço
Pedro