14.12.06

Serviços Sociais V

Serviços sociais deviam apoiar mais a PSP e a GNR
O inspector-geral da Administração Interna (IGAI), juiz-desembargador Clemente Lima, considera que os Serviços Sociais da PSP e da GNR deviam estar mais virados para o apoio directos aos elementos policiais, em particular os que estão deslocados nos grandes centros urbanos, segundo adiantou ao JN.
Clemente Lima teceu estas considerações à margem da cerimónia de encerramento da conferência que ontem reuniu em Lisboa representantes dos países de língua oficial portuguesa ou regiões que adoptam o português como língua oficial, no âmbito do I Encontro das Organizações de Controlo e Inspecção das Polícias.
O modelo de funcionamento dos serviços sociais das duas forças de segurança são há muito objecto de polémica e ainda recentemente o responsável pelos serviços sociais da PSP foi suspenso de funções, na sequência de uma investigação da IGAI, que detectou indícios de fortes irregularidades.
A PSP acabou por nomear o intendente Torres - que chefiava as informações da PSP - para ficar à frente do organismo, mas as investigações prosseguem, também no âmbito do Ministério Público.Clemente Lima considera, no entanto, que os serviços sociais da PSP e da GNR deveriam estar mais vocacionados para o apoio directo aos agentes e militares.
"Há situações delicadas em que os homens acabam a formação e são colocados nos grandes centros urbanos, mas o alojamento na maior parte das vezes fica muito a desejar", apontou Clemente Lima.O juiz-desembargador lembra que muito dos elementos policiais estão deslocados e os salários não permitem que o alojamento garanta a dignidade necessária a um agente de autoridade.
Nesses casos, apontou Clemente Lima, "os serviços sociais deveriam ter um papel a cumprir no apoio a esses homens e mulheres que estão deslocados" e adiantou que vai fazer "recomendações nesse sentido".Clemente Lima não quis entrar em mais pormenores, mas o JN sabe que nas preocupações do inspector-geral da Administração Interna estão as fragilidades que enventualmente possam vir a incidir sobre os agentes, em particular ligações a grupos criminosos e que poderão vir a ter graves consequências.
A criação de estruturas autónomas para controlo das polícias, para maior garantia do respeito pelos direitos humanos e das liberdades democráticas, foi o objectivo do I Encontro das Organizações de Controlo e Inspecção das Polícias (OCIPs).
O encontro foi organizado pela IGAI e juntou delegações de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Região Administrativa Especial de Macau e Timor- -Leste. De acordo com Clemente Lima, o encontro foi "muito positivo" e deu lugar à assinatura da Declaração de Lisboa por todos os participantes, onde surge o reconhecimento de que o "controlo e inspecção das polícias, a realizar por OCIP dotadas de autonomia técnica e norteadas por critérios de imparcialidade e objectividade (...), é uma exigência do Estado de Direito democrático". Vai ser ainda criado um ponto de contacto via Internet.
In JN de 14/12/2006

5 comentários:

Anónimo disse...

Pois é!! Este senhor tem razão.

Qual é o apoio dos SSGNR a um jovem Guarda, casado, com filhos, deslocado do seio familiar devido a uma colocação?

Pelo menos a atribuição de uma casa de habitação a título precário, não seria demais.

Aliás as habitações nunca deveriam ser distribuídas de forma definitiva.

E os SAj e SCh que nas últimas colocações foram deslocados das BTer 4 e 5, onde apenas 2 desta última foram colocados por escolha. Ao invés, no CG de 34 promovidos a SCh ficaram, por escolha, 31??!!!!!!!!!!!

-Será que ninguém vê isto. Muitos lixam a carreira por não serem contemplados com a almejada proposta (Será assunto para ser debatido noutra altura)-

Houve algum apio por parte dos SSGNR a esta gente, que andam por aí a dormir em camaratas? Alguns deles têm mais de 50 anos de idade.

Onde estão os delegados dos SSGNR, que nas suas Unidade deveriam assumir uma conduta de sensibilização para este tipo de situações, algumas degradantes da condição humana.

Pois eu julgo que os SSGNR apoiam mais a GNR, do que os próprios beneficiários. Pelo menos nas necessidades de apoio logistico a militares para a frequência de cursos ou outros eventos,lá está os SSGNR.

Anónimo disse...

A proposito das casas,enquanto estiverem ao activo podem usufruirem passam á reserva ou á reforma,não há mais habitação,e as rendas?eu pago mais de electrecidade por mês do eles de renda de casa,ou então deviam dar um subsidio aos que não usufruam dessas casas.

Anónimo disse...

acabar com os mamões que estão a usufruir das habitações do bairro de chelas do alto pina e outras e atribuirem um subsidio a todos

Anónimo disse...

Casas... há muitas em muitos sítios... humm... concorram a elas e parem de se queixar...

Anónimo disse...

Há cerca das casas dos SSGNR, permitam-me um comentário. Para quem não está dentro do assunto, devo dizer-lhes que os SSGNR, venderam quase todo o património habitacional aos seus moradores.O preço foi o que eles quiseram. Não me perguntem de foi barato, porque eu até acho que foi caro. Depois é lamentável que os SSGNR, tenham casas totalmente vazias, não as aluguém aos beneficiários carentes e ignorem quem lhes fala nelas. Um T2 nesse situação está na Praceta Heróis do Ultramar em Vila Nova de Gaia - Vilar de Andorinho.E mais, segundo me consta até se recusam pagar o condomínio do apartamento, por se julgar à margem desta responsabilidade e os restantes moradores que se aguentem com essas despesas!!!........